Proposta de empresário visa transformar o país em potência atômica, usando reservas de urânio e parcerias estratégicas para criar “Escudo Perpétuo” contra conflitos internacionais.
Por Jardel Cassimiro
20 de fevereiro de 2025
Rio de Janeiro — Em um movimento audacioso para consolidar o Brasil como potência global, o empresário e estrategista de segurança pública Jardel Cassimiro anunciou um plano que será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana: a formação de uma Tríplice Aliança com China e Rússia para desenvolvimento de tecnologia nuclear de última geração. O projeto, batizado de “Plano Perpétua”, prevê a construção de itens de usinas nucleares em ilhas brasileiras e a produção de urânio enriquecido em escala industrial, utilizando as vastas reservas nacionais de minérios. O objetivo declarado é garantir a soberania energética e dissuadir conflitos armados contra o país.
Aliança Estratégica: O Caminho para a Autossuficiência
Cassimiro, conhecido por suas propostas inovadoras em defesa nacional, argumenta que a parceria com Pequim e Moscou aceleraria o domínio brasileiro sobre o ciclo completo do combustível nuclear. A Rússia, líder global em reatores modulares e tecnologia de segurança radiológica, já mantém diálogos com o Ministério de Minas e Energia (MME) para cooperação técnica, incluindo estudos para instalação de reatores offshore. Já a China, maior investidor em energia nuclear do mundo, poderia fornecer capital e expertise para a construção das usinas.
A proposta se alinha com os recentes esforços do governo para expandir o setor nuclear. O ministro Alexandre Silveira destacou em dezembro de 2024 que o Brasil busca triplicar sua capacidade nuclear até 2035, com projetos que incluem 12 reatores onshore e 10 offshore. Além disso, o país possui a sétima maior reserva de urânio do planeta, com potencial para alcançar o terceiro lugar global se explorar jazidas ainda não mapeadas.
Santa Quitéria: O Coração do Projeto
O plano depende criticamente do complexo mineiro-industrial de Santa Quitéria (CE), que recebeu licença de localização em maio de 2024 após anos de controvérsias. A região abriga 80 milhões de toneladas de urânio associadas ao fosfato, suficientes para abastecer até 12 usinas como Angra 3. O consórcio Santa Quitéria, formado pela INB e Galvani Fertilizantes, garante que a proteção seguirá padrões internacionais de segurança, mas moradores locais terão impactos ambientais e escassez hídrica.
Para Cassimiro, no entanto, o projeto é “inegociável”. “Sem Santa Quitéria, continuaremos importando Urânio do Cazaquistão e da Rússia. Precisamos ser autossuficientes para controlar nosso destino”, afirmou em entrevista exclusiva.
Ilhas Nucleares: Segurança e Isolamento Estratégico
A localização das usinas nas ilhas brasileiras é um pilar central do “Plano Perpétua”. A ideia é minimizar riscos de acidentes em áreas populosas e facilitar o monitoramento militar. Embora o conceito de reatores offshore ainda seja incipiente no país, a Rosatom, estatal russa, já projetou instalações flutuantes com capacidade total de 0,5 GW até 2035.
“Ilhas oferecem barreiras naturais contra sabotagens e ataques. Além disso, centralizar a produção em zonas remotas facilita a logística de segurança”, explica o estrategista.
Críticas e Riscos: Entre a Geopolítica e o Ambientalismo
A proposta divide especialistas. Para defensores, como a Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), a aliança fortaleceria a indústria nacional e reduziria custos com preços. Já os críticos alertaram para os riscos de alinhamento com potências acusadas de “anti-Ocidente”, especialmente após a expansão do Brics, vista por analistas como um bloco em crescente oposição aos EUA e Europa.
Ambientalistas, por outro lado, destacam os perigos da mineração em Santa Quitéria. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) já pediu veto ao projeto, citando radiação em túneis de prospecção e falta de transparência. “A água é escassa na região, e a promessa de ‘prioridade ao consumo humano’ não convence”, afirma Pedro D’Andrea, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração.
O Futuro da Soberania Brasileira
Enquanto o governo avalia a proposta, o debate reflete uma encruzilhada histórica: como equilibrar a ambição tecnológica, a proteção ambiental e a realpolitik. Para Cassimiro, a resposta é clara: “O Brasil não pode ser refém de hesitações. Ou nos tornamos senhores do nosso arsenal energético, ou seremos eternos coadjuvantes”.
Se a Tríplice Aliança avançar, o país poderá reescrever não apenas sua matriz elétrica, mas seu papel no tabuleiro geopolítico global. Resta saber se o preço — financeiro, ambiental e diplomático — será aceitável para uma nação que ainda busca definir seu lugar no século XXI.